16 de fev. de 2009

POESIA CAIPIRA (UMA PÉROLA)

Vô contá como é triste, vê a veíce chegá,

vê os cabelo caíno, vê as vista incurtá.

Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá.

Vê "aquilo" esmoreceno, sem força pra levantá.


As carne vão sumino, vai parecêno as vêia.

As vista diminuíno e cresceno a sombrancêia.

As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia.

Os ôvo dipindurano e diminuíno a pêia.


A veíce é uma doença que dá em todo cristão:

dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão.

Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão.

Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão.


Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece:

vai passano pelas ruas e as menina se oferece.

A gente óia tudo, benza Deus e agradece,

correno ligeiro pra casa, procurano o INSS.


No tempo que eu era moço, o sol pra mim briava

Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.

As menina mais bonita, da cidade eu bolinava.

Eu fazia todo dia, chega o bichim desbotava.


Mas tudo isso passô, faz tempo ficô pra tráis

as coisa que eu fazia, hoje num sô capaiz.

O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz.

Pra falá mesmo a verdade, nem trepá eu trepo mais.


Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça.

Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça,

porém só faz duas coisa: solta peido e acha graça.



"Muito lindo quase chorei hahahahahaha de rir."

Nenhum comentário:

16 de fev. de 2009

POESIA CAIPIRA (UMA PÉROLA)

Vô contá como é triste, vê a veíce chegá,

vê os cabelo caíno, vê as vista incurtá.

Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá.

Vê "aquilo" esmoreceno, sem força pra levantá.


As carne vão sumino, vai parecêno as vêia.

As vista diminuíno e cresceno a sombrancêia.

As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia.

Os ôvo dipindurano e diminuíno a pêia.


A veíce é uma doença que dá em todo cristão:

dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão.

Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão.

Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão.


Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece:

vai passano pelas ruas e as menina se oferece.

A gente óia tudo, benza Deus e agradece,

correno ligeiro pra casa, procurano o INSS.


No tempo que eu era moço, o sol pra mim briava

Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.

As menina mais bonita, da cidade eu bolinava.

Eu fazia todo dia, chega o bichim desbotava.


Mas tudo isso passô, faz tempo ficô pra tráis

as coisa que eu fazia, hoje num sô capaiz.

O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz.

Pra falá mesmo a verdade, nem trepá eu trepo mais.


Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça.

Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça,

porém só faz duas coisa: solta peido e acha graça.



"Muito lindo quase chorei hahahahahaha de rir."

Nenhum comentário: